domingo, 13 de fevereiro de 2011

Blasfêmia

A volumosa bicha esquizofrênica – reumática e teatral – levanta na igreja e profetiza:

“Jesus comeu minha bunda! Quero retaliação”.

“Volte para o seu canto, demônio!” – diz o pastor.

“Mas é sério. Ele comeu. Olha” – e mostra o cu arrombado de pregas soltas.

“Isso não prova nada” – diz uma beata.

“Mas não desmente também” – e sai correndo da igreja rindo como um filho-da-puta.

Naquela mesma noite, enquanto a bicha tomava banho de ducha, acariciando o pinto, uma estranha espuma começou a subir do ralo; um cristo triste e purulento saiu de dentro da espuma, agarrando seu calcanhar esquerdo e puxando seus testículos. As bolas estouraram, caindo no chão e rolando até o vaso sanitário. A bicha ouviu um resmungo que parecia dizer: “ninguém é culpado do mesmo crime duas vezes”, mas já era tarde demais: a mandíbula do criador já tinha penetrado em sua virilha, deixando um buraco profundo, verdadeiro convite para as moscas.

Um comentário:

  1. ahahahahaha
    seu filho da puta
    este conto está num nível próximo
    de "Baby fuck"

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